sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O argueiro e a trave

Jesus disse-lhes ainda esta parábola: “Um cego pode guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? Não está o discípulo acima do mestre, mas o discípulo bem formado será como o mestre. Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não reparas na trave que está na tua própria vista? Como podes dizer ao teu irmão: 'Irmão, deixa-me tirar o argueiro da tua vista', tu que não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás para tirar o argueiro da vista do teu irmão” (Lucas 6,39-42)

O evangelho nos alerta: afasta primeiro, para longe de ti, o ódio, e então poderás corrigir aquele a quem amas. Censurar os vícios deve ser a atitude própria dos homens justos e bondosos. Quando os homens maus usurpam esse papel; fazem lembrar comediantes que escondem por detrás de uma máscara a sua identidade.

Quando tiver de censurar ou corrigir, faça com muita preocupação esta pergunta a si mesmo: será que nunca cometi esse erro? Mesmo se nunca tiver cometido, lembre-se de que você é humano e de que poderia ter cometido.

Se por outro lado tiver cometido o erro no passado, lembre-se da sua fragilidade para que a benevolência e não o ódio dite reprovação ou censura.

Assim, caso o culpado se torne melhor ou pior com a sua censura bondosa – pois o resultado é incerto –, você ficará ao menos seguro de que o seu olhar se manteve puro. Mas se na introspecção/reflexão descobrir em você o mesmo defeito que pretende repreender, em vez de criticar com reprimendas o culpado, chore com ele; não peça que ele te obedeça, mas que partilhe o seu esforço na luta contra o pecado.

Com carinho e orações,
Karoline Martini
Ministério de Comunicação Social
Grupo de Oração Amigos Pela Fé

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