Maio é um mês muito alegre, especialmente, para nós que amamos a Mãe de
Jesus. É o mês das mães, dos trabalhadores, das flores e das crianças vestidas
de anjinhos, homenageando Àquela que é considerada a Arca da Nova Aliança. Até
a natureza colabora com essas homenagens, proporcionando-nos um clima ameno e
perfumado, para celebrar a Mulher que, mais que qualquer outra pessoa, procurou
seguir o ensinamento de Jesus: “Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito”.
A devoção mariana é plantada sobre os pilares da nossa fé. Antes de
voltar para o Pai, Jesus deu-nos Maria como nossa Mãe. Deixou-a como um
presente e modelo a ser seguido, se quisermos viver de acordo com a vontade de
Deus, na plenitude do Espírito Santo.
Maria é a primeira entre os cristãos que confia e espera a salvação. Ela
é a humanidade passada a limpo, pois viveu a santidade em plenitude. Maria foi
a primeira cristã a ser educada pela presença do Espírito de Deus. Através do
Espírito Santo, Maria, que na língua hebraica quer dizer “amada de Deus”, foi
se transformando em bondade, mansidão, compreensão, silêncio e cooperativismo.
Na Anunciação, a Virgem Maria entregou-se completamente a Deus,
manifestando de forma perfeita a obediência da fé, porque acreditou que “nada é
impossível a Deus”. Pela fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo
Anjo Gabriel, o mensageiro do Altíssimo. Maria foi e sempre será um exemplo de
doação, por ter colocado a própria vida à disposição de Deus. “Eis aqui a serva
do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). A Anunciação a
Maria inaugura a "plenitude do tempo" (Gl 4,4), realiza a Nova
Aliança e dá início à Boa Nova do Evangelho. “Para ser a Mãe do Salvador, Maria
'foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função” (CIC § 490).
"Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas
que da parte do Senhor te foram ditas!" (Lc 1,45). Na grandeza de sua fé e
com o coração aberto, Maria aceitou plenamente a vontade de Deus. Em virtude
dessa fé, todas as gerações a proclamarão Bem-aventurada. Com Ela aprendemos
que o importante não é entender os planos de Deus na nossa vida, mas nos
entregarmos a Ele.
Tudo o que Maria fazia era com alegria. No Magnificat constatamos esta
alegria e plenitude do Espírito Santo. “Minha alma glorifica ao Senhor, meu
espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46s). A humildade e a
modéstia são traços marcantes da personalidade de Nossa Senhora, que sempre
preferiu servir no silêncio e no anonimato. Numa atitude de amor e fé, transformou-se
em discípula de Jesus.
Com sua vida, Maria ensina como o cristão deve viver e, com autoridade
materna, pode nos dizer: Sigam a mesma estrada da fé que percorri e pertencerão
ao povo das Bem-aventuranças, pois felizes os que, no meio da escuridão,
acreditam no resplendor da Luz!
A prova mais difícil para a fé de Maria foi a do Calvário. A Mãe
acreditou, esperando com toda esperança e, “de pé”, na fé, assistiu a
crucificação e morte do Filho amado. Seu coração havia sido transpassado pela
espada da dor. Ninguém sofreu mais que ela! Mas também nenhuma outra pessoa
viveu a alegria da Ressurreição de Jesus e a promessa de Deus Pai se cumprindo
como Ela!
Maria ajudou a dar Cristo ao mundo. Nós também temos a missão de ajudar
a trazer Cristo ao nosso próprio mundo. Onde quer que estejamos e seja qual for
a maneira como vivemos, nossa Mãe Maria está sempre atenta para nos ajudar a
encontrar, em Cristo, o caminho para a casa do Pai. Nossa Senhora é a Mãe e
modelo da Igreja. Ela permaneceu fiel na união com Seu Filho até a cruz, e
jamais deixou de ser a serva humilde do Senhor. A Santa Madre Igreja confessa
que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos).
Peçamos como o Papa Francisco nos ensina: “Maria, Mulher do Sim, fazei-nos conhecer cada vez melhor a voz de
Jesus e ajudai-nos a segui-la!”.
Coragem! Nossa Senhora está diante de Jesus em constante intercessão por
nós e por nossas famílias. Mantenhamo-nos firmes e fiéis a Deus! Maria está
presente em nossas vidas.
Katia Roldi Zavaris - Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Adriana Pavoni
Ministério de Comunicação