quarta-feira, 25 de julho de 2012

Alegria Imunda x Alegria Divina

A verdadeira alegria está em Deus. O Senhor faz as coisas boas, porque Ele é belo, perfeito e maravilhoso, por isso a nossa alegria está em nos aproximar d’Ele.

‘Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus Nosso Senhor’ (Romanos 6, 23).

Hoje, 90% dos presos são jovens; os traficantes morrem geralmente com 30 anos, porque o salário do pecado é a morte. Não pode haver alegria no pecado.

Existe uma diferença entre o prazer e alegria, prazer é a satisfação da carne; e alegria é a satisfação da alma. O prazer quando passa deixa gosto de morte; e a alegria deixa o gosto de vida. Existem prazeres que são bons desde que você não desvirtue as coisas; é muito bom sentar à mesa e se alimentar bem, e bater um bom papo com seus amigos é um prazer lícito. Da mesma forma, o desejo da relação sexual dentro do matrimônio é um prazer lícito.

O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, se abusamos da comida, da bebida, do sexo fora do casamento, tudo isso se torna mau. O sexo dentro do plano de Deus é lindo, mas se o tiramos dentro do plano divino, ele pode ser causa de adultério, de doenças.

A Igreja nos ensina os 7 pecados capitais: gula, avareza, luxúria, ira, melancolia, preguiça, vaidade, orgulho. São vícios que nos levam à morte. Por outro lado, há 7 virtudes que podem combater esses pecados. Contra a soberba a humildade; contra a ganância o despreendimento; contra a luxuria a castidade; contra a gula o autocontrole; contra a preguiça a vontade de trabalhar; contra a ira a paciência. Nos pecados nós encontramos o caminho da morte; nas virtudes encontramos o caminho de paz.

‘Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna’ (Gálatas 6,8).

Não cansemos de fazer o bem, porque depois o colhermos, São Paulo nos diz que façamos o bem. Há um ditado popular que diz assim: “Fazer o bem sem olhar a quem”. É fácil fazer o bem para quem eu amo, é fácil e gostoso. Mas será que é fácil fazer o bem para quem não gosto?

A exigência mais difícil da nossa fé é perdoar o nosso inimigo. Há um tempo ouvi uma história de Dona Ana Maria, que foi assaltada na sua casa e o assaltante matou o seu filho de 18 anos. E essa mulher perdoou ao assassino a ponto de toda semana ir até o Carandiru [lugar onde o assassino cumpria pena em São Paulo] para falar de Deus ao assassino de seu filho, e este disse, em lágrimas, a essa senhora: “Se eu conhecesse esse Deus que você me apresentou, eu não mataria seu filho”. Isso é Cristianismo! A verdadeira alegria nasce de fazer o bem; quanto mais bem você faz às pessoas, mais será feliz.

Fazer o bem faz bem, fazer o bem cura, nós precisamos exercitar as virtudes e renunciar aos vícios.

O pior pecado que existe é a soberba, pois ele tem muitos filhos: o orgulho, a prepotência, autosuficiência, entre outros. Mas a Palavra de Deus nos ensina ‘os humilhados serão exaltados e os exultados serão humilhados’. A virtude da humildade nos traz paz e alegria. Santa Terezinha dizia: ‘Eu quero o último lugar, porque ninguém briga por ele.’

O pecado é como uma isca que pega o peixe, o peixe é atraído pela isca, mas ali naquela isca exsite o anzol que o [peixe] pega e possibilita a retirada dele da água. É assim que o pecado acontece na nossa vida; é assim o adultério: primeiramente vem o prazer, mas depois você sente que “por trás da isca está o anzol”. O pecado quando passa em nossa vida deixa o gosto de morte. O pecado é perfumado e se apresenta a você na hora da sua fragilidade. Cuidado! Santo Augostinho dizia: ‘A sua tristeza são os seus pecados; deixe que a santidade seja sua alegria’.

Não admita construir a sua casa na areia, mas, construa-a na rocha, que é Jesus Cristo. Digo aos jovens: não construam sua casa em outro alicerce que não seja Jesus Cristo. Se você constrói em outro alicerce a casa vai cair. Aos 18 anos optei por construir a minha casa em Cristo, e como sou feliz! Não me arrependo, porque quanto mais caminho com Deus, tanto mais vontade eu tenho em ser d’Ele.

Hoje não importa se você está na prostituição ou na droga, Deus não fecha as portas para você. Não se desespere se seu pecado for grande, porque a misericórdia de Deus é para o pecador.

Eu posso dizer que construí minha casa na rocha, construí minha juventude, o meu namoro e meu casamento na rocha de Jesus Critos. Tenho muitos anos de casado, tenho 6 filhos, e netos e sou muito feliz. Não sou feliz porque estudei Física e fiz mestrado, sou feliz porque na minha fraqueza segui Jesus.

Não existe melhor vontade do que a vontade de Deus! Não siga sua vontade, pois a nossa vontade é fraca. Ser feliz é estar na vontade de Deus.

Não basta dizer: Deixe a tristeza do pecado e venha viver a alegria das virtudes. Eu lhe dou a receita: Vigie e ore.

Os pecados entram pela janelas da alma, que são os sentidos, então feche os olhos, a boca, as mãos, se você sabe que se ver algumas cenas vai levá-lo à masturbação. Feche os olhos se for necessário. Não brinque com as ocasiões de pecado. Porque a ocasião faz o ladrão.

Meus irmãos, nós homens casados somos tentados na nossa sexualidade pela TV, Rádio, etc, por isso, se sabemos que algo vai nos fazer mal, fechemos os olhos, os ouvidos, fujamos, indo à Santa Missa, rezando um rosário.

Se você quer ser um homem, uma mulher, um pai, uma mãe, um jovem de Deus: Vigie e ore!
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 24 de julho de 2012

Como você corrige as pessoas?

Lembre-se de que lidamos com pessoas e não com gado




Como você corrige seu filho, seu esposo, sua esposa, seu empregado, seu colega, seu subordinado de modo geral? É um dever e uma necessidade corrigir aqueles a quem amamos, mas isso precisa ser feito de maneira correta. Toda autoridade vem de Deus e em Seu nome deve ser exercida; por isso, com muito jeito e cautela.
Não é fácil corrigir uma pessoa que erra; apontar o dedo para alguém e dizer-lhe: “Você errou!”, dói no ego da pessoa; e se a correção não for feita de modo correto pode gerar efeito contrário. Se esta for feita inadequadamente pode piorar o estado da pessoa e gerar nela humilhação e revolta. Nunca se pode, por exemplo, corrigir alguém na frente de outras pessoas, isso a deixa humilhada, ofendida e, muitas vezes, com ódio de quem a corrigiu. E, lamentavelmente, isso é muito comum, especialmente por parte de pessoas que têm um temperamento intempestivo (“pavio curto”) e que agem de maneira impulsiva. Essas pessoas precisam tomar muito cuidado, porque, às vezes, querendo queimar etapas, acabam queimando pessoas. Ofendem a muitos.
Quem erra precisa ser corrigido, para seu bem, mas com elegância e amor. Há pais que subestimam os filhos, os trata com desdém, desprezo. Alguns, ao corrigi-los, o fazem com grosseria, palavras ofensivas e marcantes. O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos, até do (a) namorado (a). Isso o (a) humilha e o (a) faz odiar o pai e a mãe. Como é que esse (a) filho (a), depois, vai ouvir os conselhos desses pais? O mesmo se dá com quem corrige um empregado ou subordinado na frente dos outros. É um desastre humano!
Gostaria de apontar aqui três exigências para corrigir bem uma pessoa:
1 – Nunca corrigir na frente dos outros. Ao corrigir alguém, deve-se chamá-lo a sós, fechar a porta da sala ou do quarto, e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, pois este não é o caminho do amor. Não se pode humilhar a pessoa. Mesmo a criança pequena deve ser corrigida a sós para que não se sinta humilhada na frente dos irmãos ou amigos. Se for adulto, isso é mais importante ainda. Como é lamentável os pais ou patrões que gritam corrigindo seus filhos ou empregados na frente dos outros! Escolha um lugar adequado para corrigir a pessoa.
Gostaria de lembrar que a Igreja, como boa Mãe, garante a nós o sigilo da Confissão, de maneira extrema. Se o sacerdote revelar nosso pecado a alguém, ele pode ser punido com a pena máxima que a instituição criada por Cristo pode aplicar: a excomunhão. Isso para proteger a nossa intimidade e não permitir que a revelação de nossos erros nos humilhe. E nós? Como fazemos com os outros? Só o fato de você dar a privacidade à pessoa a ser corrigida, ao chamá-la a sós, ela já estará mais bem preparada para a correção a receber, sem odiá-lo.
2 – Escolha o momento certo. Não se pode chamar a atenção de alguém no momento em que a pessoa errada está cansada, nervosa ou indisposta. Espere o melhor momento, quando ela estiver calma. Os impulsivos e coléricos precisam se policiar muito nestes momentos porque provocam tragédias no relacionamento. Com o sangue quente derramam a bílis – às vezes mesmo com palavras suaves – sobre aquele que errou e provocam no interior deste uma ferida difícil de cicatrizar. Pessoas assim acabam ficando malvistas no seu meio. Pais e patrões não podem corrigir os filhos e subordinados dessa forma, gritando e ofendendo por causa do sangue quente. Espere, se eduque, conte até 10 dez, vá para fora, saia por um tempo da presença do que errou; não se lance afoito sobre o celular para repreendê-lo “agora”. Repito: a correção não pode deixar de ser feita; a punição pode ser dada, mas tudo com jeito, com galhardia. Estamos tratando com gente e não com gado.
3 – Use palavras corretas. Às vezes, um “sim” dito de maneira errada é pior do que um “não” dito com jeito. Antes de corrigir alguém, saiba ouvi-lo no que errou; dê-lhe o direito de expor com detalhes e com tempo o que fez de errado, e por que fez aquilo errado. É comum que o pai, o patrão, o amigo, o colega, precipitados, cometam um grave erro e injustiça com o outro. O problema não é a correção a aplicar, mas o jeito de falar, sem ofender, sem magoar, sem humilhar, sem ferir a alma.
Eu era professor em uma Faculdade, e um dos alunos me disse que perdeu uma das provas e que não podia trazer atestado médico para justificar sua falta. Ter que fazer uma prova de segunda chamada, apenas para um aluno, me irritava. Então, eu lhe disse que não lhe daria outra prova. Quando ele insistiu, fui grosseiro com ele, até que ele pôde se explicar: “Professor, é que eu uso um olho de vidro, e no dia da sua prova o meu olho de vidro caiu na pia e se quebrou; por isso eu não pude fazer a prova”. Fiquei com “cara de tacho” e lhe pedi mil desculpas.
Nunca me esqueci de uma correção que o meu pai nos deu quando eu e meus oito irmãos éramos ainda pequenos. De vez em quando nós nos escondíamos para fumar escondidos dele. Nossa casa tinha um quintal grande e um pequeno quarto no fundo do quintal; lá a gente se reunia para fumar.
Um dia nosso pai nos pegou fumando; foi um desespero… Eu achei que ele fosse dar uma surra em cada um; mas não me lembro exatamente até hoje, depois de quase cinquenta anos, a bela lição que ele nos deu. Lembro-me bem: reuniu-nos no meio do quintal, em círculo, depois pediu que lhe déssemos um cigarro; ele o pegou, acendeu-o, deu uma tragada e soprou a fumaça na unha do dedo polegar, fazendo pressão, com a boca quase fechada. Em seguida, mostrou a cada um de nós a sua unha amarelada pela nicotina do cigarro. E começou perguntando: “Vocês sabem o que é isso, amarelo? É veneno; é nicotina; isso vai para o pulmão de vocês e faz muito mal para a saúde. É isso que vocês querem?”.

Em seguida ele não disse mais nada; apenas disse que ele fumava quando era jovem, mas que deixou de fazê-lo para que nós não aprendêssemos algo errado com ele. Assim terminou a lição; não bateu em ninguém e não falou mal de ninguém; fomos embora. Hoje nenhum de meus irmãos fuma; e eu nunca me esqueci dessa lição. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, dizia que “o que não se pode fazer por amor, não deve ser feito de outro jeito, porque não dá resultado”.

E se você magoou alguém, corrigindo-o grosseiramente, peça perdão logo; é um dever de consciência.

Professor Felipe Aquino 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A verdadeira amizade nos conduz para o céu



“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). É desta forma que Jesus expressa a beleza e a grandeza do dom da amizade, cuja fonte é o próprio Deus, e dela podemos beber sempre, porque jamais se esgotará.


O amigo por excelência, que todos nós precisamos ter, é Jesus, e o maravilhoso é que Ele nos considera Seus amigos. Todas as outras amizades devem ser por causa d’Ele.

A amizade tem a sua origem no céu; é um dom que nasce do coração de Deus. Um verdadeiro amigo tem uma forte influência na nossa vida, a ponto de ele poder nos ajudar em certas coisas, que, muitas vezes, nem a nossa família consegue fazê-lo.

Peçamos hoje a Jesus a graça de vivermos na Sua amizade. Amém!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Verdadeira, perfeita e eterna amizade

Hoje comemoramos o Dia da Amizade, por isso nós queremos partilhar com todos vocês que fazem parte de nós, esta belíssima formação sobre a Amizade, este Dom Precioso de Deus.

David e Jônatas: verdadeira, perfeita e eterna amizade
“Aqueles que amam e respeitam o Senhor encontrarão o amigo fiel” (1).
Falar de uma experiência vivida de amizade já não é tão difícil como simplesmente escrever sobre a amizade. Os conceitos quase sempre limitam muito esse mistério, portanto, é necessário vivê-lo para ao menos tentar descrevê-lo. As Sagradas Escrituras nos deixaram ricos testemunhos de amizade, pra não falar d’Aquele que viveu a mais profunda e rica experiência de amizade com os homens, Jesus. O primeiro livro de Samuel, capítulo 18, tem uma das mais experiências de amizade das Sagradas Escrituras.

Muitos ao longo da história já o atestaram e escreveram sobre essa amizade: trata-se de David e Jônatas (2). Diante deste relato bíblico podemos afirmar que existe uma vocação à amizade. Não só a história da Filosofia Clássica ou a história da Igreja (3) nos evidenciam tal verdade, mas também e, principalmente, o contexto bíblico em que se foi formando o Povo de Deus com o registro de suas experiências. Diz a Tradição Cristã que, nas Sagradas Escrituras, a amizade de David e Jônatas ocupa um lugar privilegiado. David e Jônatas eram dois homens de Deus, mas traziam a “marca da imperfeição”, do pecado, e os apelos interiores quanto às questões de nobreza. David provinha de uma família humilde, porém, tinha consciência disso e era um homem temente a Deus (4), enquanto Jônatas era filho do Rei Saul que, mesmo sendo descendente de uma das menores tribos de Israel, Deus o havia constituído chefe do seu patrimônio (5). A mão do Senhor estava sobre ele e seu filho Jônatas (6).

Interessante é observar que mesmo quando a mão do Senhor não pousar mais sobre Saul, Jônatas demonstrará que sua amizade com David não dependia de garantias humanas e era assim desprovida de interesses. É muito belo observar essa realidade e dela tirar uma lição de vida para as experiências de amizade nos dias atuais. Jônatas realiza o seu chamado a ser amigo de maneira exemplar: “Assim que David terminou de falar com Saul, Jônatas se apegou a David e começou a amá-lo tanto quanto a Si (...) Então Jônatas fez aliança com David, porque o amava como a si mesmo. Jônatas tirou o manto que vestia e o entregou a Davi, assim como suas vestes, até mesmo sua espada, seu arco e seu cinturão” (I Samuel 18, 1-4).Como vemos, os dois selam uma aliança, “Berit” (7), porque se amavam como a própria alma ou, como diz a Filosofia Clássica, “amor dedicado ao outro que traz como que o meu próprio coração” (nota oitava).

Interessante ressaltar que a Aliança do “Berit” dava também um caráter jurídico à relação. A Benção que um concedia ao outro fazia com que eles se acolhessem numa relação nova, numa espécie de consangüinidade. Daí a clareza e a riqueza com que se evidencia isto o livro Sapiencial dos Provérbios quando diz: “existe amigo mais fiel que irmão” (Pv 18, 24). Quem já fez a experiência da autêntica amizade sabe  e compreende perfeitamente o que tento dizer aqui, a partir da experiência de Saul e Jônatas. As Sagradas Escrituras nos revelam as mais comoventes e autênticas experiências de amizade. Vale a pena conhecê-las e, olhando a vida de Cristo, sinal, referencia maior da amizade na Palavra, extrairmos para as nossas vidas os valores que os guiaram. A vida de Cristo é essa comunicação maior e mais perfeita da amizade, da fidelidade, do amor que ama ao extremo e da gratuidade. O entusiasmo de Saul pela pessoa de Jônatas se deu no encontro. Cristo nos amou quando ainda não o conhecíamos. Também ele nos pede a amizade, o encontro, a aproximação, o conhecer o coração do outro, mas já fez por nós o que amizade humana é capaz. Deus nos conceda a graça de viver esta amizade marcada pelo amor verdadeiro e pela coragem de dar a vida um pelo outro. Seja o amor de Jesus o referencial do amor humano. Ensine-nos, o Senhor, a sermos amigos segundo o seu coração.
Antonio Marcos - Comunidade Shalom - Fortaleza

quinta-feira, 12 de julho de 2012

RCC: Um futuro e uma esperança


Bem conheço os desígnios que tenho para convosco – oráculo do Senhor – desígnio de prosperidade e não de calamidade, de vos garantir um futuro e uma esperança. Vós me invocareis e vireis suplicar-me, e eu os atenderei. Vós me procurareis e me haveis de encontrar, porque de todo coração me fostes buscar.”  Jr 29, 11-13.
Pela observação e experiência, aprendi que quando uma passagem bíblica é dada recorrentemente em resposta à oração, quando o povo de Deus está reunido, essa Palavra se torna profética para nós. Assim se deu com a passagem em Isaías 45, versículos 15 a 18, que recebemos em 2007. Foi assim também que aconteceu com a passagem das portas abertas em 2008/2009, a saber, Isaías 45, versículos 1 a 3.
Temos caminhado com essas moções e muitas foram as graças recebidas no Movimento e na vida pessoal de seus membros. Muitas vidas foram restauradas, muitas foram as conversões geradas pela Palavra em Isaías 45, 15-18, que nos convida a revermos nossas vidas e confiarmos na ação poderosa de Deus que não nos criou para a confusão e desordem, mas para que tenhamos vida abundante no seu Filho.
Agora, neste ano de 2012, ano do pastoreio e da missão, temos recebido outra passagem: Jeremias 29, versículos 11 a 13. Digo “temos recebido” porque essa passagem nos veio em resposta à oração durante o ENF 2012. Depois, ela foi novamente referida pelo presidente do Movimento no encontro do Núcleo Nacional para as Semanas Missionárias, que aconteceu nos dias 3 e 4 de março.  Essa mesma Palavra, também foi recebida por outras pessoas em seus Grupos de Oração e em momentos oração pessoal. Quer dizer, ela tem sido resposta recorrente de Deus às nossas orações.
Nessa passagem, através do profeta Jeremias, Deus nos fala de desígnios de prosperidade. Quando a prosperidade vem de Deus, não é somente material, embora também possa ser, mas Nele tudo prospera: a nossa alma, o nosso espírito, a nossa saúde, os nossos relacionamentos, a nossa vida em família, a nossa missão. N’Ele tudo melhora, torna-se mais frutuoso.
Podemos nos rejubilar por essa promessa de Deus, promessa de prosperidade e não de calamidade, promessa de esperança e de paz. No entanto, a promessa contida na Palavra vai se cumprir na nossa vida se nós dermos uma resposta a ela. Nesse caso, especificamente, somos convidados a nos voltar para Deus de todo coração, sabendo que vem Dele todo o bem e toda prosperidade que esperamos.
Temos que mostrar com a nossa atitude que acreditamos na Palavra, rezando mais, procurando com mais empenho nos afastar do pecado, promovendo a paz, perdoando, querendo de todo coração fazer a vontade de Deus. Essa é a nossa parte. Se fizermos aquilo que podemos fazer, Deus fará o impossível para nós, pois Ele responde com sinais e prodígios ao nosso esforço em buscá-lo, ao nosso empenho em procurar fazer aquilo que for possível para que seu Nome seja glorificado. Se procurarmos glorificar a Deus em resposta à sua Palavra, Ele derrama da Sua glória sobre a nossa vida e assim tudo prospera.
A promessa já nos foi comunicada, ela está aí bem à nossa frente na Palavra, agora cabe a nós a resposta. Muito importante, também é, desde agora, agradecermos e louvarmos a Deus por toda paz e prosperidade, pelo futuro e esperança que a sua Palavra nos promete, nos rejubilarmos na alegre expectativa dos bens futuros que estão nos aguardando.
Maria Beatriz Spier Vargas - Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Oração pessoal: condição indispensável para ser intercessor



Certamente todo intercessor sabe a importância que a oração tem em sua vida e também sabe que orar é mais do que fazer algumas petições ao Senhor, lembrando-lhe uma lista de necessidades. O Senhor organizou a vida cristã de tal forma que a oração fosse essencial, imprescindível. Simplesmente é impossível ter vida espiritual sem a oração, de tal forma que não se pode desassociar a Igreja da oração. Nenhum projeto consegue êxito no mundo espiritual se não nos for revelado pelo Senhor através da oração. O aval divino é indispensável. Então, antes de tudo, o povo de Deus deve orar, para que a graça flua em todas as suas atividades. A prática da oração deve ser constante, fazendo parte da vida da Igreja.

"Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixam insatisfeitos. Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra" (Bento XVI).

O poder da oração é uma realidade concreta na vida de quem ora com disciplina e constância. Na Bíblia podemos encontrar diversas passagens que nos asseguram essa realidade e nos ensinam que a oração nos aproxima de Deus e, consequentemente, nos fortalece contra os inimigos e nos faz vencedores. No entanto, é necessário submeter-se a um processo disciplinado de vida espiritual para que possamos encontrar o verdadeiro valor da oração em nossa vida. Na medida em que nos aproximamos de Deus através da oração e outras formas de espiritualidade a nossa vida começa a ser mais conduzida pelo Espírito Santo e a nossa conversão se torna uma realidade. Eu não sei como está a sua vida espiritual, se você ora durante o dia, se medita o santo Terço ou se adora o Santíssimo Sacramento com frequência, porém devo lhe dizer que estas atitudes são condições importantes na vida de todo intercessor.
"Se os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida” (Bento XVI).
O Senhor fala que se orarmos e nos convertermos de nossos maus caminhos ele ouvirá as nossas preces. Se quisermos permanecer firmes na fé, precisamos orar mais. Se quisermos ser cheios do Espírito Santo, devemos manter contato com Ele através da oração. Se quisermos experimentar uma reconstrução completa em nossa vida, precisamos orar mais.
Um grande homem de oração na Bíblia foi Daniel. Ele orava três vezes ao dia e, por causa de sua oração, chegou a ser jogado na cova dos leões. No livro de Daniel 9,3, encontramos uma fórmula de como orar corretamente. Daniel fala que orou ao Senhor e jejuou e, o mais importante, pediu perdão e se arrependeu. Estas práticas espirituais presentes na vida de Daniel abriram portas espirituais que permitiram ao Senhor realizar grandes prodígios em seu favor.
A oração incessante e as demais práticas espirituais nos fortalecem a alma, fecham as brechas que no dia-a-dia permitimos que fossem abertas em nossa vida e nos dão sabedoria para trilharmos os caminhos de Deus e trinfarmos sobre o mal.
“Com a oração constante e confiante, o Senhor nos liberta das correntes, nos guia através de qualquer noite de prisão que possa atormentar nosso coração, dá-nos a serenidade do coração para enfrentar as dificuldades da vida, mesmo a rejeição, a oposição, a perseguição” (Bento XVI).
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão RCCBRASIL

terça-feira, 10 de julho de 2012

Em que consiste o pecado contra o Espírito Santo?



O texto donde se deriva a questão, encontra-se em Mt 12,31s; Mc 3,28s; Lc 12,10, sendo a recensão de São Mateus a mais explícita :
"Portanto eu vos digo: todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
E, se alguém disser uma palavra contra o Filho do homem, isto lhe será perdoado; mas, se falar contra o Espírito Santo, isto não lhe será perdoado nem no presente século nem no futuro" (Mt 12,31s).
Como se vê, o Senhor distingue claramente entre palavra (ou pecado) contra o Filho do homem e palavra (ou pecado) contra o Espírito Santo. Vejamos sucessivamente o que significa cada uma destas duas expressões.

1.  O sentido do pecado contra o Espírito Santo é elucidado pelo contexto das palavras de Jesus em Mt e Mc.
O Divino Mestre acabara de expulsar demônios, provocando surpresa na multidão que o acompanhava (cf. Mt. 12,23),  Os fariseus, em vez de reconhecer nisso uma intervenção da Onipotência Divina, interpretaram esses feitos gloriosos contra a lógica e o bom senso, como sendo obra de um espírito impuro, do qual Jesus estaria possesso.  Assim atribuíam ao espírito do mal feitos de bondade e salvação; confundiam o princípio do bem com o princípio do mal... Jesus, o Enviado do Pai, com um agente de Satanás.  Em uma palavra: fechavam os olhos a manifestações evidentes do poder de Deus.
Uma tal atitude supõe da parte do homem recusa obstinada, que só se explica pelo fato de que Deus, tendo dotado o homem de liberdade de arbítrio, respeita a dignidade de sua criatura.  Esse endurecimento de coração é, no texto do Evangelho, chamado "pecado contra o Espírito Santo", não por implicar malícia especial contra a terceira Pessoa da Ssma. Trindade, mas porque se opõe diretamente à ação santificadora de Deus nas almas, ação que é atribuída ao Espírito Santo.  A Escritura, com efeito, costuma apropriar ao Espírito, Amor Subsistente em Deus, essa obra de amor que é solicitar (por sinais visíveis e apelos invisíveis) os homens para a vida perfeita; é também, segundo as páginas sagradas, por obra do Espírito Santo que se realizam as grandes manifestações de Deus no mundo (cf. Jz 3,10; 6,34; 11,29; 13,25; Ez 36;27; Jl 3,1s).
Donde se vê que "pecar contra o Espírito Santo" é resistir obstinadamente às solicitações evidentes que Deus dirige às suas criaturas.
2.  No mesmo contexto toma sentido claro a expressão "pecado contra o Filho do homem".  O "Filho do homem" designa a Divindade encoberta pelos véus da carne; é Deus que se assemelha aos homens em tudo, exceto no pecado, tornando-se mesmo capaz de desconsertar as expectativas da sabedoria humana (cf. Mt 11,6).  O pecado contra o Filho do homem vem a ser então a queda atenuada pela fraqueza mais ou menos involuntária das criaturas que, embora aspirem ao bem, não sabem entrever a ação de Deus nos desígnios da Providência; tal terá sido, por exemplo, o pecado de Pedro, que na hora da Paixão renegou o Divino Mestre.
3.  Jesus adverte que o pecado contra o Espírito Santo não encontra perdão.  Isto se entende bem à luz das noções acima.  Não há perdão, ao menos se se observa o procedimento habitual da Providência Divina, onde o pecador não o deseje, mas ao contrário se fecha à graça.  Ora tal é, sem dúvida, a atitude do homem que luta conscientemente contra a ação de Deus em sua alma; um tal rejeita o princípio de toda ressurreição espiritual, tornando-se vítima da sentença que ele mesmo profere sobre si.
Convém frisar que jamais falta, da parte de Deus, a misericórdia necessária para indulgenciar qualquer culpa do homem; a bondade do Onipotente será sempre maior do que a mesquinhez da criatura (cf. 1 Jo 3,20); mas, se o réu não quer receber o Dom do Alto, o Senhor não o costuma impor.  A rigor, Deus pode forçar o pecador a se arrepender; isto, porém, não se faria sem derrogação ao livre arbítrio, atributo característico do ser humano, que o Senhor habitualmente não retoca.  Contudo nota S. Tomaz que, mesmo em casos de obstinação, "a via do perdão e da cura não está obstruída para a Onipotência e a Misericórdia de Deus, O Qual algumas vezes realiza curas espirituais como que por milagre" (S. Teol. II/II 14,3c).
"(...) Nem no presente século nem no futuro" (Mt 12,32).  Eis uma expressão semítica que, no caso, significa a absoluta irremissibilidade do pecado contra o Espírito Santo; em tempo algum o pecador que recuse o perdão, será forçado a aceitá-lo.
Em conclusão, verifica-se que o pecado contra o Espírito Santo não versa sobre determinado objeto, nem consiste em uma falta tão vultuosa que vença o Amor Divino para com a criatura, mas é simplesmente a resistência aberta e consciente à graça de Deus.  Não há pecado por si irremissível, nem situação de pecador tão desesperada que não possa ser recoberta pela Misericórdia do Salvador, a qual sempre se obterá através do sacramento da Penitência ou, caso este não esteja ao alcance do homem, através de sincero ato de contrição.

Revista Pergunte e Responderemos - Editora Cléofas

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A grandeza do Sangue de Cristo


A Igreja dedica o mês de julho à devoção do preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. Depois de meditar longamente sobre o Coração misericordioso de Jesus, no mês de junho, a mãe Igreja deseja que veneremos profundamente o preciosíssimo Sangue do Senhor.
Os judeus celebravam diariamente o “holocausto perpétuo”, dois cordeirinhos sem defeito eram imolados às seis horas da manhã e às seis da tarde, afim de que o sangue do cordeiro oferecido a Deus obtivesse o perdão dos pecados do povo naquele dia. Esse cordeiro era apenas um sinal, uma prefiguração do verdadeiro Cordeiro que seria imolado na Cruz.
São João Batista o apresentou ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação. O Sangue precioso de Cristo foi prefigurado também naquele sangue do cordeiro pascal que os judeus colocaram nos umbrais das portas de suas casas, no dia da Páscoa, na saída do Egito, para que o anjo exterminador nenhum mal fizesse ao primogênito daquela casa. É sinal do Sangue do Cristo que nos protege de todos os males do corpo e da alma.
A devoção ao preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente na Igreja desde o início e sempre aumentou através de solenidades, orações, escritos dos papas, e  uma  Ladainha para  pedir a Deus perdão dos pecados e afastar de nós os males do corpo e da alma.
São Gaspar de Búfalo propagou fortemente esta devoção, tendo a  aprovação da Santa Sé; por isso, é chamado de o “Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”. O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). O santo foi o fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – CPPS, em 1815. Nasceu em Roma aos 06 de Janeiro de 1786.
O Papa João XXIII (1958-1963) escreveu a Carta Apostólica “Inde a Primis”, sobre o preciosíssimo Sangue de Cristo, a fim de promover o seu culto, o que foi lembrado pelo Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica “Angelus Domini”, onde repetiu o que João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.
“Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).
Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício expiatório pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo.
O Catecismo da Igreja ensina que: “Nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (§616); para isso era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).
Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por seu Sangue Cristo nos reconciliou com Deus: “por seu intermédio reconciliou consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).
Com o seu Sangue Cristo nos resgatou, nos comprou, nos fez um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”(At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus” (Hb 10,19).
“Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; (Ap 5,9)
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina S. Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).
Este Sangue redentor está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?.. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27).
Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).
É pela força do sangue de Cristo que os santos e os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).
É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se tornou Rei e Senhor: “Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus… Um nome está escrito sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19,13-16).
Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Costumo julgar as pessoas. O que faço para me corrigir?



Refletir sobre nossas fraquezas é coisa de que não gostamos de fazer! Sempre que nos deparamos com alguma limitação, nossa maior tendência é dar um jeito de consertar a situação, livrar-nos da insegurança que ela provoca e, infelizmente, esperar que qualquer outra fraqueza apareça e nos faça sofrer de novo!

É que nos falta reflexão! Falta-nos coragem e maturidade para olhar o que é fraco em nós – como indicadores de campos de trabalho – e não como fracassos!

Exatamente por isso é que talvez você nunca tenha pensado que, todas as vezes em que você julga alguém, na verdade, você está também demonstrando quem você é.

Por favor, reflita e aprenda a refletir!

Ricardo Sá - Canção Nova

terça-feira, 3 de julho de 2012

Cruz e Ícone de Nossa Senhora emocionam jovens


No amanhecer do dia 1º de julho chegou a Rondonópolis a Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora. Após a recepção a Cruz e o Ícone foram levados para a paróquia São José Esposo, onde às 11h00min os jovens da paróquia Bom Pastor receberam os símbolos de fé e fizeram uma bonita carreata. Na Bom Pastor aconteceram momentos de oração e escuta da palavra de Deus. Os jovens do Grupo de Oração Amigos Pela Fé participaram da programação e viveram momentos de muita emoção.
Por volta das 14h30min a Cruz e o Ícone seguiram para a Catedral Santa Cruz. Cada paróquia fez uma programação especial e encontrou a melhor maneira para atingir os jovens. Às 17h30min do dia 1º teve início do grande momento “Bote Fé” da Diocese de Rondonópolis. Dom Juventino fez a abertura da caminhada luminosa, que seguiu até a antiga rodoviária no centro da cidade. Uma multidão estava presente e participou da celebração da missa presidida pelo bispo e concelebrada pelos padres das paróquias. Na homilia Dom Juventino afirmou que no convívio com os jovens aprendeu muito. “Os jovens não encontraram alegria de viver nas baladas, nas bebedeiras e drogas, mas na Cruz de Jesus Cristo que traz vida e esperança”.
No final da celebração a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora foram levados em meio à multidão ao som da música “Vitória, ó Cruz tu reinarás” e “Noites traiçoeiras”. Este momento emocionou a todos. Ainda mais emocionante foi a homenagem a nossa Senhora quando um terço feito de balões foi solto e cruzou o céu da cidade. Era visível no rosto dos jovens e de toda multidão a alegria da fé e o entusiasmo pela participação da celebração.

Após a Santa Missa aconteceu um show musical com o cantor Gil Monteiro que alegrou os jovens com músicas, mensagens e muita descontração. Na avaliação de muitos, foi um dia histórico para a cidade de Rondonópolis e para a Igreja nesta Diocese de Rondonópolis.
Com carinho e orações,
Ministério de Comunicação Social
Grupo de Oração Amigos Pela Fé