segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vidas dedicadas!


O artigo abaixo foi retirado da Revista Renovação, edição nº 73. Acompanhe a Palavra do Presidente, inspirada no Evangelho de São Mateus 25, 15-30.



No evangelho de Mateus (25,15-30) há uma parábola por meio da qual Jesus apresenta três administradores. Cada qual, de acordo com suas capacidades, recebeu quantias diferentes de talentos e com eles deveriam conduzir os negócios de determinado senhor. Passado algum tempo, dois dos administradores conseguiram duplicar os valores recebidos, enquanto o terceiro apenas escondeu a sua parte, sem nada conseguir.

O que aconteceu?

Uma leitura mais atenta nos revelará muitos detalhes, por isso, especialmente nesta época, em que as pessoas são cada vez mais avaliadas pelos resultados quantitativos de suas realizações, temos de tomar cuidado para não reforçar tal tendência desumanizante.

Certamente, a história quer nos ensinar aspectos mais profundos de nossa relação com o chamado que Deus faz a cada um nós e o nível de nosso compromisso. Portanto, aos que reduzem a leitura à simples obtenção de resultados, lembraríamos outra história, que Jesus também contou em que vários operários são contratados em diferentes momentos do dia e mesmo assim o último deles recebeu o salário de um dia inteiro (Cf. Mt 20, 1-16). 

Não se trata, portanto, da simples busca de resultados...

Sendo assim, voltemos à parábola dos talentos. O que aconteceu ali? Por que há uma diferença nos resultados? Muito simples, os dois primeiros administradores eram pessoas dedicadas! Eles trabalharam se esforçaram e foram zelosos com os bens que receberam.

A história nos relata que as suas capacidades foram consideradas no momento da distribuição das moedas. O senhor, descrito na parábola, os conhecia, sabia o que podia obter de cada um. Os dois primeiros acreditaram que poderiam multiplicar o que tinham e não tiveram medo; o terceiro não acreditou que seria capaz, pelo contrário, ficou com medo e preferiu esconder o que recebeu.

A dedicação é uma atitude que envolve devoção, afeição ao que fazemos. Num tempo em que somos chamados a revitalizar nosso modo de sermos católicos e nossas opções pessoais pelo Senhor (Cf. Doc. Aparecida n. 13), cabe avaliarmos com qual nível de entrega temos respondido a essa convocação.

Quando estamos com nossas vidas dedicadas ao Senhor, estamos tão envolvidos, que acordamos e dormimos pensando nisso. Os obstáculos e dificuldades não nos intimidam, pelo contrário, nos revigoram, pois temos uma convicção interior de que o Senhor, ao nos confiar uma missão, conhece quem somos o que sabemos fazer e dispensa recursos, investe em cada um para podermos realizar sua vontade neste mundo.

Nossa dedicação, portanto, se fundamenta na confiança que Ele depositou em nós. Isso revigora nossa fé e nos leva a gastar nossas vidas no chamado recebido, nos sentimos gratos e queremos retribuir, multiplicando os bens que temos que administrar.

Que o Senhor, também nestes dias de tantos projetos que acompanham a vida de nosso Movimento, possa dar a cada membro da RCC um entendimento mais profundo sobre o nível de dedicação ao que lhe foi confiado.

Fraternalmente,

Marcos Volcan
Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Importância da Igreja Católica



Mas o que será ser feliz? Ser feliz é possuir tudo o que se deseja, é infeliz, quem não possui. E pode ser feliz de modo absoluto alguém sujeito a receios? É claro que não. Pode estar sem receios os que podem perder o que amam o que possuem?

Tudo o que possuímos está sujeito a mudanças, isto é, podem ser roubados ou deteriorados. Isto quer dizer que o homem que anseia por algum bem, não é feliz por não possuí-lo e se ainda sim o possui, não ficará feliz por ansiar perdê-lo.

A verdadeira felicidade possui plenitude e segurança, satisfazendo o apetite humano. Nada do que é material satisfaz o homem. E qual é o bem pleno, eterno, imutável e absoluto? Este bem é Deus. Somente Deus é pleno, eterno, imutável e absoluto. Então quem possui a Deus é feliz.

A posse de Deus traz a plenitude que é o anseio da alma humana.

Em todos os tempos e em todas as nações da terra, existem sistemas religiosos, comprovando o desejo do homem pela posse de Deus.

Por sua natureza um inseto não pode desejar conhecer o universo, nem um peixe desejar beber toda a água do oceano. O homem finito, desejar o infinito é como um peixe desejar beber todo o oceano. Portanto, Deus criou o homem com o desejo de conhecê-lo. Criou o homem para um fim sobrenatural.


Mas, assim como existe o alimento para o corpo, também a alma possui o seu próprio alimento, que é o conhecimento. Por este motivo, é que Deus deu ao homem a inteligência que tem sede de conhecimento.

Assim como o corpo pode receber alimentos bons e saudáveis ou ruins e prejudiciais à saúde, assim também a alma. O bom alimento é o verdadeiro conhecimento, a verdade; o mau alimento é o erro, a mentira.

O demônio oferece ao homem um falso conhecimento de Deus, sempre negando a onipotência, a onisciência e a onipresença do Criador.

A maioria as religiões possuem coisas construtivas, mas a Verdade é única, pois "várias verdades" até mesmo contraditórias, não podem ser reflexos da Verdade única que é Deus. E esta Verdade se manifesta em sua criação, através da Ciência e da História, assim como São Paulo nos ensinou: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis", (Rm 1,20).

Mas onde está a verdade? Também São Paulo nos dá uma pista: “A Igreja é a Coluna, e o Fundamento da Verdade" (cf. 1Tm 3,15). Portanto a Verdade só poder ser encontrada na Igreja. E isto é muito propício, pois se Deus é o bem eterno que precisamos e a Verdade é bom alimento para a alma, a Verdade tem que estar na Igreja.

Portanto, o bom conhecimento é o ensino da Igreja, a sua doutrina. Alguém poderia perguntar: "Em qual igreja podemos encontrar a verdade, já que vivemos e um mundo em que várias instituições religiosas se intitulam "Igrejas de Cristo"?

Nosso Senhor disse: "Eu sou Deus e não mudo" (Mal 3,6). Nosso Senhor Jesus Cristo também afirmou: "Passarão os céus e a terra, mas minhas palavras não passarão." (Lc 21,33).

Cristo fundou uma só Igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana (1). Colocou seu fundamento sobre Pedro (Mt 16,18), garantiu esta Igreja (Mt 16,19), e confiou a ela a sua Doutrina e prometeu a Sua assistência Divina (Mt 28,20) (2).
Alessandro Lima
Professor, escritor, articulista e fundador do Apostolado Veritatis Splendor

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Espiritualidade do Músico


Esse post é dedicado ao Ministério de Música do nosso Grupo de Oração e a todos que tem o dom e desejam colocá-lo em prática. Cantar vai muito mais além de uma voz bonita... Por de trás precisa ter muita oração, intimidade com Deus. Boa reflexão.


Como a espiritualidade pode ajudar o músico?
“A espiritualidade não só pode ajudar como ela precisa, nós músicos católicos precisamos levar Deus, como diferencial ao povo. Se não fazemos isso, não estaremos fazendo nenhuma diferença com relação a música secular, para isso nós devemos passar pela experiência, tendo muito mais propriedade em anunciar, cantar e de levar as pessoas ao encontro com Deus se eu por primeiro fizer este encontro. Então, é preciso que o músico saiba que o primeiro que precisa experimentar somos nós músico católico. Não sejamos aqueles que apenas anunciam aquilo que os outros devem experimentar, isso é orgulho, autossuficiência, pois preciso saber que eu sou filho de Deus assim como os outros, mas que Deus me deu uma missão de cantar, de evangelizar através da música, através do meu instrumento, e que essa espiritualidade precisa primeiro começar em mim para que assim eu possa com muito mais propriedade testemunhar e evangelizar como os outros," afirma o músico católico Nilton Júnior.
Para o músico Eugênio Jorge "A espiritualidade do músico não difere da espiritualidade das outras pessoas, mas o músico por ser um ministro, e estar a serviço, ele buscar ainda mais, com mais intensidade a vivência dos sacramentos, da sua vida de oração, da escuta da Palavra de Deus”.