quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Silêncio e palavra: caminho de evangelização



Olá.
A postagem de hoje é sugerida pela Rayanne Bezerra, coordenadora do Ministério de Formação do GOAPF.
É uma mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais desse ano, no qual ressalta elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um anúncio, renovado, de Jesus Cristo, o silêncio e a palavra. 
Vale a pena conferir.


Amados irmãos e irmãs,

     Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
     O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
     Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
     No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que deem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de céticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
     Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 30 de setembro de 2010, n.º 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
     Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a concelebração eucarística com os membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
     Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Constituição dogmática Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
     Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.

Vaticano, 24 de janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP XVI
(Tradução portuguesa oferecida pela Santa Sé)


Que possamos, além de falar, aprender a escutar e contemplar.
Que nossas redes sociais sejam também, a pedido do Santo Padre, espaços de silêncio e reflexão.

Com carinho e orações,

Adriana Pavoni

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Que tal dar uma “espiadinha”?

Olá amigos!

O post de hoje foi uma indicação da Irma, serva do ministério de coordenação em nosso Grupo de Oração.
Estamos sendo convidados a dar uma “espiadinha” na vida dos outros. Neste texto somos convidados a dar uma “espiadinha” na Palavra de Deus!

Boa leitura!


E ai galera, paz e bem!
O que temos mais visto na nossa TV nesses últimos tempos são programas que nos convidam a “espiar” a vida alheia. Faz sucesso ficarmos por dentro da vida particular dos outros. Dá ibope!

O que temos aprendido com tudo isso? O que esses programas têm acrescentado na nossa formação pessoal e familiar? Será que não é bem o contrário? Será que não estamos sendo deformados na concepção que tínhamos, e quando criança nós aprendemos, sobre o homem, a mulher, a família, a vida?

Uma das funções desse blog é te levar a se questionar, abrir sua mente para que tenhas uma postura ativa. Muitas são as perguntas, mas uma só a resposta: Jesus Cristo! Hoje, infelizmente, nem mesmo as perguntas nós estamos fazendo. Engolimos qualquer “alimento podre” que colocam na nossa frente.

Esclareço: não é um alimento podre em si. Na verdade se pega um pouco de “lavagem de porco”, coloca-se dentro de um bombom de chocolate, colocam chantilly, cobertura de chocolate, mais chantilly e uma cereja em cima. Aos olhos é uma linda refeição. Quando começamos a comer nós nos deliciamos, mas no final, o recheio tem um gosto muito amargo.

É assim que o pecado se mostra. É assim que temos nos portado na frente da TV, de forma apática, nos alimentando de qualquer coisa que nos servem.

Sua família está com problemas? Sua vida esta sem sentido? Seus relacionamentos estão desestruturados? Que tal parar de espiar a vida dos outros e começar a dar uma espiadinha na Palavra de Deus.

“Ah, mas eu quero é me descontrair, já trabalhei o dia inteiro…” Quer recuperar suas forças e aliviar suas tensões? Leia a Palavra de Deus.

Garanto meu irmão que nela, você encontrará muitas histórias, testemunhos, e mensagens que irão te fazer verdadeiramente feliz, que irão restaurar suas forças, que irão te formar e renovar sua casa, seus relacionamentos e toda a sua vida. Não tenha receio de conhecer a fundo a vida de cada personagem da Sagrada Escritura.

Ao invés de atender ao pedido do apresentador: “vamos dar mais uma espiadinha!”, atenda a voz de Deus: “Dar uma espiadinha na Palavra do Senhor!”.

Deus abençoe,
Tamo junto!
Emanuel Stenio

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Amai-vos uns aos outros

Olá amigos!

O post de hoje foi sugerido pela nossa serva Aninha. Uma reflexão necessária para cada um de nós.


João 13,34 “Amai-vos uns aos outros
Jesus nos deixa esse mandamento para vivermos o mesmo amor que havia naquela época entre ele, seus discípulos e todos os que o seguiam. Um amor entre irmãos que não eram filhos dos mesmos pais, mas sim, filhos de Deus.
Assim somos também, filhos de Deus, irmãos: Sabe aquele mendigo que você viu outro dia pedindo esmolas? Ou, aquela criança dormindo na calçada? São irmãos que mais necessitam do nosso amor... Jesus nos convida a amar principalmente essas pessoas que são ignoradas pelo mundo.
Jesus nos convida a amar também aqueles que um dia nos feriram ou aqueles que ainda não nos amam.
“Onde há amor, há perdão”
Assim como foi pregado no primeiro grupo desse ano, temos aprender a perdoar e amar. Mas como irei perdoar aquela pessoa que um dia me bateu? E aquela que um dia me assaltou?
É difícil, mas não impossível:
Jesus amou tanto que entregou sua própria vida para a nossa salvação. Ele amou até as pessoas que lhe acusaram e que lhe bateram, e morreu na cruz por eles.
E aí, será que é impossível amar?
(1 João 4,7) O amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a  Deus.
Então nascemos para amar.
(1 João 4,20-21) Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus ame também a seu irmão.
Peçamos para o Espírito Santo nos ensinar a amar, porque sozinhos não conseguiremos.
Clique aqui para assistir o vídeo Sozinho Não Posso Mais Viver

Com carinho e orações,
Ministério de Comunicação Social
Grupo de Oração Amigos Pela Fé