sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Jesus está disfarçado em sua casa

Hoje disponibilizo para vocês uma pregação do saudoso padre Léo, que desperta em nós um misto de emoção, envolvimento e alegria, mas acima de tudo, nos leva à uma reflexão sobre a família.


Jesus está  disfarçado em sua casa. 
Esteja atento.




Paz, fogo e alegria!


Adriana Pavoni
Ministério de Promoção Humana
"Os meios de comunicação para a unidade
e o progresso da família humana" 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amigo de verdade é aquele que corrige





Há um princípio fundamental em qualquer amizade: ela deve nos fazer crescer. Como uma árvore boa é podada para poder dar frutos bons, assim também, durante a caminhada de crescimento e de amadurecimento, o ser humano precisa de algumas boas “podas”. Passar por esse processo não é fácil e, muitas vezes, nem aceitamos que qualquer um nos pode. Por isso Deus coloca algumas pessoas especiais em nossas vidas não só com a oportunidade, mas com a missão de nos corrigir para nos fazer crescer.
Monsenhor Jonas Abib, certa vez, escreveu que existem situações de nossa vida nas quais, muitas vezes, só o amigo é capaz de nos corrigir. O conhecimento mútuo, ou seja, a intimidade que uma amizade gera entre duas pessoas produz um conhecimento tão profundo da alma do amigo que nos permite saber a forma e quando corrigi-lo. O amor compartilhado é capaz de abrir “compartimentos lacrados” de nosso coração, os quais precisam da luz da verdade sobre as nossas misérias, para que estas possam ser curadas.
Por causa da abertura de alma que há numa amizade um amigo é capaz de chegar aonde ninguém consegue. Ele é capaz de atingir e tocar nos pontos mais delicados de nossa história, de nossa vida, com toda a maestria que só o amor é capaz de suscitar. São feridas nas quais ninguém havia tocado, mas que somente um amigo é capaz de tocá-las e curá-las com seu amor.
Um bom amigo é como um bisturi nas mãos de Deus, capaz de rasgar a nossa alma para que todas as mazelas sejam expelidas e o coração possa ser curado. Esse processo é muito doloroso no início; não é fácil aceitar a correção e escutar tantas verdades da boca de alguém. Muitas vezes, isso fere, machuca e realmente arranca pedaços, mas, logo depois, o bálsamo do amor do amigo é derramado, consolando, aliviando e cicatrizando as nossas feridas. Alguém precisa fazer o serviço, por isso Deus usa dos nossos amigos. Ele sempre se utiliza de alguém para agir em nossa vida, suscitando a pessoa certa para que, através do amor concreto, toque na ferida e cure o nosso coração.
Pressuposto de uma amizade madura e saudável é a correção. A Palavra de Deus nos ensina: “Corrige o amigo que talvez tenha feito o mal e diz que não o fez, para que, se o fez, não torne a fazê-lo” (Eclo 19,13). Amigo que não corrige, não faz o outro crescer e por isso não ama de verdade. Um relacionamento de amizade verdadeira em Deus não comporta omissão. É preciso haver verdade, sinceridade e por isso liberdade para poder corrigir, mas fazê-lo no amor. Quem ama quer o melhor para o outro e esse melhor, muitas vezes, exige correção.
Saber que alguém que está nos corrigindo nos ama não nos anestesia da dor da “poda”, mas nos traz segurança. Podemos até resmungar, nos irritar, no entanto, ouvimos e acabamos aceitando. Lá na frente veremos o quanto aquela exortação nos fez crescer e nos livrou de tantos sofrimentos.
Se um amigo o corrigiu, aceite a correção! Exortação não é questão de falta de carinho; pelo contrário, é ato concreto de quem ama e quer o melhor para nós. Se um amigo seu precisa de correção, não se omita! Não deixe que o seu medo de perder a amizade por ter de corrigi-lo o leve a perdê-lo definitivamente. Mostre o seu amor e se comprometa com a vida dele. Cumpra sua missão de amigo: corrija e o ganhe para sempre; o ganhe para Deus! 
Renan Félix - Seminarista da Comunidade Canção Nova
fonte: blog.cancaonova.com/renanfelix

Adriana Pavoni
Ministério de Promoção Humana
"Os meios de comunicação para a unidade
e o progresso da família humana" 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

10 conselhos do Papa Bento XVI aos jovens…

Olá Amados
Seguem dez conselhos do papa Bento XVI para nós, jovens, oferecidos nas Jornadas Mundiais da Juventude. Vale a pena lê-los, pois é verdadeiramente um manual de santidade.

1) Dialogar com Deus
“Alguns de vocês poderiam talvez se identificar com a descrição que Edith Stein fez de sua própria juventude, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia, ‘tinha perdido, consciente e deliberadamente, o costume de rezar’. Durante estes dias, poderão recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, que sabemos que nos ama e que, por sua vez, queremos amar”.
2) Contar a Deus os sofrimentos e as alegrias
“Abram seu coração a Deus. Deixem-se surpreender por Cristo. Concedam-lhe o ‘direito de falar com vocês’ durante estes dias. Abram as portas da liberdade a Seu amor misericordioso. Apresentem suas alegrias e suas penas a Cristo, deixando que Ele ilumine com Sua luz a mente de todos vocês e toque, com Sua graça, seus corações”.
3) Não desconfiar de Cristo
“Queridos jovens, a felicidade que procuram, a felicidade que têm direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Somente Ele dá plenitude de vida à humanidade. Digam, com Maria, o seu ‘sim’ ao Deus que quer se entregar a vocês. Repito hoje, o que disse no princípio de meu pontificado: Quem deixa Cristo entrar na própria vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Somente com esta amizade se abrem completamente as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade, experimentamos o que é belo e o que nos liberta. Estejam plenamente convencidos: Cristo não elimina nada do que existe de formoso e grande em vocês, mas leva tudo à perfeição, para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.
4) Estar alegres: querer ser santos
“Além das vocações que implicam uma consagração especial, está também a vocação própria de todos os batizados: trata-se de uma vocação a aquele alto grau da vida cristã normal que se expressa na santidade. Quando alguém encontra Jesus e acolhe Seu Evangelho, a vida muda e a pessoa é levada a comunicar aos outros a própria experiência (…). A Igreja precisa de santos. Todos estamos chamados à santidade e somente os santos podem renovar a humanidade. Convido-os a fazer o esforço, já durante estes dias, de servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo lhes permitirá sentir interiormente a alegria de Sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois, nos seus ambientes”.
5) Deus: tema de conversação com os amigos
“São tantos nossos companheiros que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o amor de Deus, ou procuram preencher o coração com substitutos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhas do amor contemplado em Cristo. Queridos jovens, a Igreja precisa de autênticas testemunhas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos demais”.
6) Aos domingos, ir à Missa
Não deixem de participar da Eucaristia dominical e ajudem também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que precisamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Vamos nos comprometer com isso, vale a pena! Vamos descobrir a íntima riqueza da liturgia da Igreja e sua verdadeira grandeza: não somos nós que fazemos festa para nós mesmos, mas, ao contrário, é o próprio Deus vivente que nos prepara uma festa. Com o amor à Eucaristia, redescobrirão também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre iniciar de novo a nossa vida.
7) Demonstrar que Deus não é triste
Quem descobriu Cristo, deve levar outras pessoas a Ele. Uma grande alegria não deve ser guardada só para a própria pessoa. É preciso transmiti-la. Em numerosas partes do mundo, existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo continua do mesmo jeito sem Ele. Mas, ao mesmo tempo, existe também um sentimento de frustração, de insatisfação com tudo e com todos. Dá vontade de exclamar: não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente, não.
8 ) Conhecer a fé
Ajudem os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez mais para poder guiar também, de modo convincente, os outros até Ele. Por isso é tão importante o amor à sagrada Escritura e, de conseqüência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.
9) Ajudar: ser útil
Se pensarmos e vivermos em virtude da comunicação com Cristo, então abriremos os olhos. Então, não nos adaptaremos mais a seguir vivendo preocupados somente por nós mesmos, mas veremos onde e como somos necessários. Vivendo e atuando assim, perceberemos logo que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos demais do que se preocupar somente do conforto que nos oferecem. Eu sei que vocês, como jovens, aspiram a coisas grandes, que querem se comprometer por um mundo melhor. Demonstrem isso aos homens, demonstrem ao mundo, que esperam exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo e que, sobretudo mediante o amor de vocês, poderá descobrir a estrela que, como pessoas de fé, seguimos.
10) Ler a Bíblia
O segredo para ter um “coração que entenda” é formar um coração capaz de escutar. Isto se consegue meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, através do esforço em conhecê-la sempre mais. Queridos jovens, exorto a todos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la sempre ao alcance da mão, para que ela seja para vocês como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprenderão a conhecer Cristo. São Jerônimo, ao respeito, nos diz: “O desconhecimento das Escrituras é desconhecimento de Cristo”.

Em resumo...

Construir a vida sobre Cristo, acolhendo com alegria a palavra e colocando em prática a doutrina: eis aqui, jovens do terceiro milênio, aquele que deve ser seu programa! É urgente que surja uma nova geração de apóstolos enraizados na palavra de Cristo, capazes de responder aos desafios de nosso tempo e dispostos a difundir o Evangelho por todo lado. Isto é o que o Senhor lhes pede, a isto os convida a Igreja, isto é o que o mundo – mesmo sem sabê-lo – espera de vocês! E se Jesus os ama, não tenham medo de responder-lhe com generosidade, especialmente quando lhes propõe de segui-lo na vida consagrada ou na vida sacerdotal. Não tenham medo, confiem Nele e não ficarão decepcionados.




Trecho retirado do livro "Santos de Calça Jeans", do Adriano Gonçalves.


A Igreja é viva, jovem e conta conosco.
Sejamos santos!

Adriana Pavoni
Ministério de Promoção Humana
"Os meios de comunicação para a unidade
e o progresso da família humana" 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O papel de Maria na Igreja



Disponibilizo hoje uma formação do professor Felipe Aquino sobre o papel de Maria na Igreja.

São Bernardo, doutor da Igreja, disse que “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”.
De  fato, por Ela nos veio o Salvador e tudo o mais.
            Sem dúvida o papel preponderante de Maria na vida da Igreja é o de MÃE.
            A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço:
“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos”(At 1,14).
Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca  a pessoa de Maria, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos.  Ela promove na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe.
            São Lucas também faz questão de apresentar explicitamente Maria como “a mãe de Jesus” (At. 1,14), como que a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe.
            Diz o nosso Papa: “Ela recorda aos discípulos o rosto de Jesus e é, com a sua presença no meio da Comunidade, o sinal da fidelidade da Igreja a Cristo Senhor.” (58 Catequeses do Papa, Ed. Cléofas)
            Ela que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.
Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Jesus lhe dá função de Mãe universal dos crentes. Disse o Concílio Vaticano II que Maria é “para nós mãe na ordem da graça” (cf. LG 21), e destaca que a sua maternidade espiritual não se limita só aos discípulos, mas a toda a Igreja.
           Entregando-a ao discípulo amado como mãe, Jesus quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a imitar. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que Cristo nos deu a sua Mãe…
           Esta missão materna e universal de Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos.
           O Concílio afirmou expressamente:
“Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na Anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos” (LG, 62).
           Sobre isto disse o Papa João Paulo II: “Tendo entrado no reino eterno do Pai, mais próxima do divino Filho e, portanto, de todos nós, Ela pode exercer no Espírito de maneira mais eficaz, a função de intercessão materna que lhe foi confiada pela Providência divina. Próxima de Cristo e em comunhão com Ele, (…) o Pai celeste quis à intercessão sacerdotal do Redentor unir a intercessão materna da Virgem. Trata-se de uma função que Ela exerce em benefício daqueles que estão em perigo e têm necessidade de favores temporais e, sobretudo, da salvação eterna.” (idem)
           E o Concílio reafirmou isto dizendo que Maria “Cuida, com amor materno dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira”(LG, 62).
          Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna.
           A convicção de que Maria está próxima dos que sofrem ou se encontram em  perigo, levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!
           Sobre a Sua mediação materna o Concílio tirou qualquer dúvida:  Maria, “com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna” (LG, 62).
           Na Encíclica Redemptoris matero Papa recorda que  “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas. Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz.” (n.38)
        É sempre bom recordar que a mediação materna de Maria não é contraditória com a  única e perfeita mediação de Cristo. O Concílio, depois de ter mencionado Maria “Medianeira”, esclareceu: “Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único Mediador, que é Cristo” (LG, 62).  “A função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).
           A mediação da Mãe da Igreja por seus filhos não é uma mediação “paralela”, nem autônoma, mas subordinada à de Cristo. Diz o Concílio: “De modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).
           A mediação materna de Maria é um grande dom do Pai à humanidade. Por isso o Concílio conclui dizendo: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).
           Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado, e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a Maria, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.
           O nosso Papa ensina que: “Hoje, a oração mais comum é a Ave Maria, cuja primeira parte é composta de palavras tiradas do Evangelho (cf. Lc. 1,28.42). Os cristãos aprendem a rezá-la entre as paredes domésticas, desde os mais tenros anos, recebendo-a como um dom precioso que deve ser conservado durante toda a vida. Esta mesma oração, repetida dezenas de vezes no Rosário, ajuda muitos fiéis a entrar na contemplação orante dos mistérios evangélicos e a permanecer às vezes, durante muito tempo, em contato íntimo com a Mãe de Jesus. Desde a Idade Média, a Ave Maria é a oração mais comum de todos os crentes, que pedem a Santa Mãe do Senhor que os acompanhe e proteja no caminho da existência quotidiana”.  (cf. Exort. Apost. Marialis cultus, 42-55).
           Além disso, manifestando o seu amor a Maria, o povo multiplica as expressões da sua devoção: hinos, orações, composições poéticas, quadros, imagens, basílicas, etc. A piedade mariana fez surgir uma riquíssima produção artística no mundo todo: pintores, escultores, músicos e poetas deixaram obras-primas que mostram a grandeza da Virgem e nos ajudam a compreender melhor o sentido e valor da sua  contribuição na obra da redenção.
           Maria une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes Maria é o único vínculo com a vida da Igreja.
        
           Maria ensina à Igreja o valor de uma existência humilde e escondida em Nazaré.
       A Igreja aprenda a imitá-la no seu caminho quotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.
          A Igreja vive de fé, e aprendeu esta fé “naquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor” (Lc 1, 45).
           Maria é para a Igreja também modelo de esperança. Ao escutar a mensagem do anjo, a Virgem é a primeira a acreditar no Reino que o seu Filho veio implantar na terra. E ela permanece firme nesta esperança junto da cruz do Filho, à espera da realização da promessa divina. Ela é, pois, para a Igreja a Mãe da esperança, que encoraja e guia os seus filhos na expectativa do Reino, mesmo entre as horas trágicas de nossa vida e da história.
           Também na sua missão apostólica, a Igreja olha para Maria, como ensinou o Concílio:
 “Na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os homens” (LG, 65).

Prof. Felipe Aquino


É preciso que proclamemos pelo mundo inteiro: que Deus permitiu que chegássemos a Jesus por meio de Maria.

Adriana Pavoni
Ministério de Promoção Humana
"Os meios de comunicação para a unidade
e o progresso da família humana"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga



O Senhor nos fala hoje no Evangelho de Marcos, capítulo 8, versículos 34 e 35.

“Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la.”

Jesus é muito claro quando nos revela a condição para que sejamos Seus discípulos: renunciar a nós mesmos e tomar a nossa cruz a fim de segui-Lo. À primeira vista esta expressão de Jesus é muito dura, porém, se nós pararmos para meditar na profundidade das Suas palavras descobriremos que há aí uma promessa de salvação incontestável.
O discipulado, seguimento a Jesus Cristo, comporta três atitudes radicais: a renúncia de si mesmo, o rompimento com o próprio egoísmo e o abandono dos preconceitos e as formas de pensar que não estão de acordo com o projeto do Reino. O passo seguinte consiste em tomar a sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as consequências de sua opção, sem se intimidar ou deixar abalar o entusiasmo inicial. A nossa cruz é a cruz do testemunho verdadeiro de sua fé. A cruz do desprezo, da rejeição, da zombaria e da exclusão, por causa da fidelidade ao Senhor e pela coragem de não ser conivente com as solicitações do “mundo”.
            Não há por trás dessas palavras um masoquismo, uma teologia do sofrimento. Mas não há outro caminho para seguir Jesus se não for pelo sofrimento, pois se não fosse para acontecer isto, Jesus não teria dito “tome sua cruz e siga-me”. Sempre teremos uma cruz na nossa vida. O Mestre de Nazaré veio nos ensinar a olhar o sofrimento de maneira diferente. A nossa cruz tem valor de salvação, tanto para nossa vida como para vida de nossa família.
Aceitamos o sofrimento e a cruz como seguimento do Cristo, porque entendemos a Sua morte na cruz e Seu amor. “Esse amor, quanto se dá a conhecer, faz as pessoas boas saírem de si e ficarem estarrecidas. Por isso, as pessoas sentem afervorar-se o coração, desejam o martírio, alegram-se no sofrimento, têm alívio nos grandes sofrimentos” (S. Afonso de Ligório).
O discípulo deve aceitar o convite “siga-me”, e fazer do caminho de Jesus seu próprio caminho e do projeto dEle seu próprio projeto. Quem perde a própria vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem para oferecer.
Muitas vezes, não entendemos o sofrimento e a cruz, porque estamos presos às coisas materiais. Para compreender o mistério da cruz é necessário estar com os olhos voltados para o Alto. A partir de hoje, comecemos a ver os sofrimentos e a cruz de maneira diferente; a cruz, verdadeiramente, é SALVAÇÃO em nossas vidas.



Adriana Pavoni
Ministério de Promoção Humana
"Os meios de comunicação para a unidade
e o progresso da família humana"